quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Uma distinção crítica - C.S. Lewis





TODO mundo conhece e está cansado de repetir a declaração cristã de que "Deus é amor". Mas eles parecem não perceber que as palavras "Deus é amor", não tem sentido verdadeiro a menos que Deus contenha pelo menos duas pessoas. Amor é algo que uma pessoa tem pela outra. Se Deus fosse um só, então ele não podia ter sido amor antes de o mundo ser criado. É claro que o que essas pessoas querem dizer quando falam que "Deus é amor" é bem diferente; elas querem dizer, na verdade, que "o amor é Deus". Elas acreditam que a atividade viva e dinâmica do amor tem avançado em Deus para sempre e que ela criou todo o resto.

E essa, aliás, talvez seja a mais importante diferença entre o cristianismo e todas as demais religiões: no cristianismo Deus não nenhuma coisa estática - nem mesmo é uma pessoa só - e sim, uma atividade pulsante dinâmica, quase que uma espécie de peça de teatro. Ele é praticamente, se isso não for uma falta de reverência total, um tipo de dança.

- de Cristianismo Puro e Simples.

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