quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cinco Pedras Lisas - Por Ângela Valadão Cintra


Tomou o seu cajado na mão, escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforje de pastor que trazia… e, lançando mão da sua funda, foi-se chegando ao filisteu. (1Sm 17.40.)


Todos conhecem a heróica luta travada entre o pequeno pastor de ovelhas, Davi, e o gigante filisteu, Golias. O grandalhão fora formado pela “Academia Militar de Gate”. Era forte, ágil, treinado para guerrear, e estava vestido de uma armadura impenetrável para o combate. Entretanto o pequeno Davi não conseguia nem mesmo andar com a armadura do rei Saul. Não estava trajado para a guerra. Não possuía espada ou lança. O que teria levado Davi a enfrentar esse duelo mortal? Ele já havia experimentado vitórias incríveis em lutas com animais ferozes, chegando a matar um urso e um leão. Agora seria a vez de matar, com a força do Senhor, um gigante. Esta era a sua arma: o nome do Senhor.

Ele toma, então, cinco pedras lisas do ribeiro e as põe no alforje. A escolha das pedras era decisiva. Tinha de ser pedras lisas, que não mudariam o rumo da trajetória aplicada. Essas pedras simbolizam a causa da nossa vitória no mundo espiritual. Nós somos considerados “pedras vivas”, sem “pontas” ou asperezas. Assim deve ser o nosso viver. A primeira pedra atirada logo encontrou seu alvo: a testa do gigante, que veio ao chão.

Você jamais deve temer o inimigo pela sua aparência ou poder de intimidação. Sua fé deve sempre estar colocada em Jesus. Ele já derrotou todos os nossos inimigos. Agora é somente ter uma vida “lisa”, sem “brechas”, e, certamente, os “gigantes” cairão ao chão. Se você tem sofrido derrotas, olhe como está seu coração. Está “limpo”? Caso contrário, deixe-o por um pouco no “ribeiro das águas vivas”, sendo “rolado” no contato com a Palavra. As arestas serão alisadas pelo arrependimento, pelo perdão, e assim a vitória será certa. Amém?

Nos momentos mais difíceis, quando ruge o furacão,

Quando cai torrente forte e, sem norte, eu fico sem direção.

Então clamo, rogo, me ajoelho para pedir: “Salva-me, oh Senhor,

Sustenta-me em teu temor!”

E tu me respondes. E não te escondes,

Mas estendes para mim o teu olhar e me vens salvar.


PAI CELESTIAL, SEI QUE ESTÁS SEMPRE COMIGO, POR ISSO NÃO TEMEREI O INIMIGO NO DIA DA BATALHA. TEU NOME É A MINHA PROTEÇÃO. AMÉM.

domingo, 10 de abril de 2011

Batalha do Beruna

“Muitas lições aprendemos através de Nárnia, mas uma me chamou atenção logo que conheci as Crônicas de Nárnia: a Batalha do Beruna.
Todos nós passamos por incontáveis conflitos em nossas vidas.
Diariamente inúmeras situações nos acontecem; escolhas que devemos tomar, pensamentos que vem à nossa mente e vivemos verdadeiras batalhas de pensamentos, de sentimentos, de decisões, de atitudes e contra tudo aquilo que nos atormenta diariamente.
O mal que habita em nós a todo momento quer nos dominar e nos fazer desistir de tudo aquilo que cremos, respeitamos e amamos.
Nós não queremos desistir daquilo que move nossos corações e dá refrigério para nossas almas, por que isso é o que nos dá segurança nos momentos de crise e de dificuldade; é aquilo que faz com que nos sintamos bem.
O Bem que habita em nós luta constantemente sem que consigamos perceber o que acontece.
Às vezes vencemos, às vezes perdemos, porém sempre que falhamos sentimos que precisamos de ajuda.
Algumas perdas são passageiras, outras são permanentes, e na maioria das vezes as nossas perdas são causadas por nossas próprias decisões, por que permitimos que o mal vença dentro de nós.
De qualquer forma nossa existência não se resume a isso; uma simples batalha eterna de pensamentos.
Quando você escolhe um lado entre o bem e o mal, o seu reforço chegará logo: o Grande Leão chegará rugindo e destruirá o poder do mal dentro de nós que optamos por acreditar.
Ele se virará para nós e dirá com uma voz suave: “Está terminado”.
Nos guiará calmamente pelos pastos verdejantes, nos mostrará as águas tranquilas e nos levará ao nosso verdadeiro Lar.”
Por Nárnia e por Aslam
Autor: Carlos Matheus da Silva Mello

Confiantes na Promessa de que Ele Vem


“[...] Santo, santo, santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, que é e que há de vir.” Apocalipse 4:8
O Senhor Jesus, sem dúvidas, é um Deus de compromissos. E o maior e mais sublime de todos eles, é o que está descrito em “[...] Eu vou, mas voltarei para ficar com vocês!” (Mateus 14:28). Nós sempre ouvimos os outros dizerem que Jesus vem, nós mesmos dizemos que Jesus está voltando, mas o real sentimento que deve existir dentro de nós, muitas vezes, não existe. São apenas palavras. Agora eu me pergunto: Do que adiantaria viver para Jesus apenas nesta vida? Qual seria o sentido de evangelizar os outros e ganhá-los para Jesus? Apenas para que eles digam “Eu O aceito” e pronto? É por causa disso que Jesus nos manda ir à todos os povos?
A questão é que a nossa maior esperança não tem sido renovada todos os dias. O motivo maior pelo qual queremos que os outros O aceitem, enquanto é tempo, não tem sido o grande destaque de nossas vidas. Temos vivido nossos dias, enfrentado nossas lutas e barreiras e não temos lembrado, muitas vezes, que aquilo que estamos passando não se compara com o que virá.
O “que era” do texto de Apocalipse 4 nos garante a base naquilo que acreditamos, pelo que Ele foi. O “que é” nos dá o conforto que precisamos, pois com isso sabemos que Ele não mudou, e ainda age livremente em nossas vidas. Mas o “e que há de vir” nos traz esperança, nos traz perseverança, nos faz esquecer daquilo que temos passado e vivido e nos mostra que há uma luz, Ele vêm! Ele vêm! Ele vêm! É essa a causa pela qual temos que nos esforçar para anunciar aos outros que precisam aceitá-Lo e reconhecê-Lo. Ele vêm! E vai querer levar com Ele aqueles que O foram fiéis, que sofreram por causa dEle, que O amaram, que O encarnaram, enfim, aqueles que decidiram crer que a promessa que Ele fez há milênios atrás ainda é viva.
Podemos estar enfrentando a diversidade que for, o sofrimento que for. Talvez não haja mais dinheiro para pagar as contas, talvez não haja mais motivação para O adorar, talvez não haja mais fogo para resistir à tudo o que o mundo está te oferecendo, mas lembre-se: a promessa continua a ecoar, viva, nos quatro cantos da terra: Ele vêm! Ele vêm! Ele vêm! E o importante não é saber o dia nem a hora, mas sim saber que nós seremos levados com Ele, a qualquer hora, em qualquer lugar. Pois assim como conhecemos o lado bom dessa vinda, sabemos também o lado mal que está reservado à todos os que não creram, não O aceitaram, não sofreram por Ele. Quando as tempestades vierem, tente se imaginar chegando na glória e, dando um abraço bem apertado em Jesus, você diz a Ele: “Pai, valeu a pena!”
“Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro.” Romanos 8:18
Portanto, ainda que a pior das circunstâncias venha nos atingir, venhamos crer que nada pode se comparar com aquilo que viveremos ao lado de Jesus na glória. Viveremos, todos, em harmonia, louvando junto com os antigos profetas e nomes da Bíblia Sagrada e o Senhor Jesus, eternamente. Ali não haverá choro nem dor, e perpetuamente estaremos face a face com o nosso Senhor. Eternamente!
Segure esta palavra, ela é eterna.
NEle, que, sem dúvidas, há de vir,
Tadeu Ribeiro.


sábado, 9 de abril de 2011

Continuamente diante de mim - Ana Paula Valadão


“Tu, Senhor, és a porção da minha herança… tenho posto o Senhor continuamente diante de mim… na Tua presença há plenitude de alegria… delícias perpetuamente” Salmo 16: 5,8,11


Ah! Quanto prazer perdemos quando não colocamos o Senhor continuamente diante de nós! Que Ele seja o centro de nossas vidas, de nossas atencões, de nossos pensamentos e sentimentos o dia todo!

Que o Senhor seja o nosso primeiro pensamento ao despertarmos pela manhã. Que seja o companheiro com quem falamos durante o dia, nas horas mais simples de alegrias ou de tensões. Que seja o suspiro ao deitarmos na cama, e ao fecharmos os olhos, que seja a ocupação dos nossos sonhos!

Ah! Que o Senhor seja nossa maior alegria. Falar sobre Ele, cantar para Ele, seja para nós uma verdadeira delícia! Aliás, enquanto jejuamos de tantas “delícias” nesses 40 dias, que tal as trocarmos pelas delícias que só encontramos na Presença do Senhor? (Imagine um banquete de paz, perdão, amor, domínio próprio, gozo…)

Que o Senhor seja nossa plenitude de alegria, e nossa porção, nossa riqueza, nossa herança. Mesmo quando muitos ao nosso redor buscam desesperadamente os tesouros desta terra, ainda que legitimamente (para cuidar de suas famílias, etc), que nosso coracão esteja em outro tipo de “investimento”. Que nosso maior tesouro seja Aquele que traça não corroe, ladrão não pode roubar… a Presença do Senhor… continuamente… perpetuamente

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Teologia Relacional: a inútil discussão acerca de Deus - Caio Fábio

Piedosas são sempre as tentativas humanas de pensar Deus sem vivê-Lo.


Sim! Quando a alma não quer a revelação e suas implicações de uma existência em fé e sem justiça-própria, entregando o ser sem pára-quedas a Deus, o que surge é uma “teologia”.

Cada vez mais me perguntam o que acho da Teologia Relacional ou do Processo, as quais só não são a mesma coisa por uma diferenciação escolástica.

Ora, sem mencionar tais nomes em muito do que escrevo, entretanto deixo claro o que penso em todos os conteúdos deste site, os quais (os conteúdos) batem de frente contra tais especulações.

Mas para aqueles que só entendem as coisas se elas tiverem nome e endereço, digo aqui o seguinte:

1. Que é loucura humana buscar entender como Deus é para além da revelação que Jesus fez e faz do Pai. Deus é Deus. E cabe ao homem amá-Lo conforme o que Dele se pode conhecer ou nos é revelado.

2. Que a especulação sobre a relação de Deus com a História Humana que não se fundamente na revelação que Jesus trás de Deus é tola, infantil, presunçosa e inútil.

3. Que tais especulações apenas desviam a atenção para algo que não se pode conhecer, em detrimento do que de Deus se pode conhecer.

4. Que Deus não é conhecido pelo intelecto, mas pela sensibilidade que tem no espírito humano seu chão e sua base. Assim, Deus se revela sem se explicar.

5. Que tanto o Calvinismo como também a Teologia Relacional são manifestações humanas equivocadas, ainda que sinceras, pois a Escritura é propositalmente contraditória e paradoxal aos sentidos humanos, posto que o que ela revela é divino, e não está ao alcance da especulação que busca sistematizar Deus.

6. Que se tem que viver com a humildade de quem ama Aquele que não pode ser compreendido, ao mesmo tempo em que se ponha em pratica tudo o que Dele se pode compreender; e que diz respeito ao homem e sua relação com Deus pela fé, e com a vida pelo amor.

7. Que a Teologia Relacional que as Escrituras ensinam nada tem a ver com o modo de Deus ser em relação ao homem para além do revelado, como quem busca entender os caminhos de Deus que são mais altos que os nossos caminhos. A Teologia Relacional que as Escrituras ensinam é justamente aquela que é evitada pelos teólogos na busca de entenderem o que não nos é possível — que é a relação do homem com Deus pela fé.

8. Que tal discussão não passa de sexo dos anjos, posto que dissimula o que é revelado; ou seja: que os homens se relacionem uns com os outros, com Deus, com a vida. Ora, a dissimulação é pensarem que estão muito ocupados pensando Deus.

9. Que Jesus acharia (pela manifestação que o Evangelho nos traz Dele) tudo isso uma grande tolice do tipo da dos escribas dos saduceus — que não criam na revelação em sua simplicidade, e, assim, criaram uma teologia na qual as ações dos homens e as de Deus se tornavam a mesma coisa.

10. Que a única Teologia Relacional que pode ser intelectualmente levada a sério é aquela que diz respeito ao homem com o homem; e ao homem com Deus, conforme João nos ensina em sua epístola de modo tão claro e óbvio.

Assim, sem citar nomes, autores ou supostos pensadores, digo:

Não levo à sério quem pensa assim, pois, quem pensa, assim não pensa, posto que pelo seu próprio pensar (se pensa de fato), vê que não é possível “pensar Deus”, pois Deus está acima do próprio pensamento.

Ora, se assim não fosse dir-se-ia que o homem, o justo, seria justificado pelo seu pensar!

O mundo está estrebuchando. Mas há pessoas dedicadas a fazer fimose de Deus, ao invés de simplesmente viverem o Evangelho conforme a simplicidade de Jesus.

Toda tentativa de pensar Deus para entendê-Lo, não apenas é tola, mas, sobretudo, é diabólica, pois, tira a energia humana do foco simples do Evangelho, e leva a pessoa para um ambiente virtual de uma piedade de sarcófago, posto que nada mais faz do que a exumação do único “Deus” passível de ser objeto de tal coisa — o “Deus da teologia”.

Digo isso não porque não pense. Sei que se começasse a especular sobre “Deus” eu seria muito bom nisto, pois, imaginação não me falta, muito menos capacidade de pensar com todas as implicações filosóficas de tal “viagem”.

Minha recusa quanto a tais coisas, portanto, não me acomete como sentimento de limitação no pensar até onde pensar seja possível, mas exclusivamente em razão de duas coisas: do temor de Deus conforme a consciência que tenho acerca Dele, assim como em razão da certeza total de que tais exercícios apenas exercitam a vaidade, mas não têm poder algum quanto a levar a vida à verdadeira experiência de Deus como conhecimento profundo e como piedade aplicável a esta existência.

O site, todavia, contém textos e textos que explicam em detalhes a vaidade de tais especulações!

Chega de Disneylândia teológica.

O buraco é infinitamente acima de nossas cabeças!

Assim, para os devotos da especulação que só interessa ao desinteresse pelo que de fato importa e interessa — eis a Palavra do Evangelho:

Disse-lhe Filipe: “Senhor mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Disse-lhe Jesus: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e que o Pai em mim; crede-me ao menos por causa das mesmas obras. Em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardai os meus mandamentos”.


Assim, a Teologia Relacional de Jesus não diz como Deus é, mas Quem Deus é. Desse modo apenas diz para se ver o Pai no Filho revelado e encarnado. Diz que tudo tem a ver com crer ou não crer. Diz que o que está disponível aos nossos sentidos são obras divinas a serem vistas e discernidas pela fé na revelação. Diz que tal relacionalidade é com Deus, e que ela se manifesta mediante a obediência e o amor. E conclui afirmando que a especulação sobre o Pai é tolice, pois o que do Pai se pode conhecer está revelado em Jesus.

Desse modo a questão de Jesus ecoa outra vez: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido?”

Nele, que jamais se ocuparia com tais coisas, como de fato, tendo todas as chances, não o fez.

PS: Se pelo menos os teólogos entendessem um pouquinho acerca de física quântica, saberiam quão tola tal discussão é em sua busca de discutir a atemporal soberania de Deus e a temporal e relativa liberdade humana. Sem um mínimo de consciência sobre o significado físico do tempo, não se tem nem como entender que não se pode entender a eternidade. Sim! Porque já que não crêem, poderiam pelo menos ir além das categorias medievais de nossas teologias a fim de pensarem de modo a fazer sentido com o que pensar significa.

Vou-me embora agora pra longe, meu caminho é ida sem volta (Quem dá tempo é relógio...)


Não quero me apegar em miudezas, mas às vezes acontece. Sei que não é a hora. Agora é olhar para a frente e enxergar o passado como de fato ele é: as tais águas passadas que não movem moinhos. Agora, é tocar o barco pra frente com o seguinte pensamento: quem dá tempo é relógio. Não existe tempo além daquele que vêm do Senhor e não de outras pessoas, não importando quem seja.


É preciso continuar e respirar fundo muitas vezes. Não pensar no que poderia ter sido, porque “o que poderia ter sido” nunca seria. O que existe é o agora e ele me basta, por mais que às vezes eu me debata, me contorça e tente fugir.

Sorte a minha que no meio disso tudo eu tenho mais do que um ombro. Tenho carinho, abraços, amor e compreensão. Tenho alguém que consegue ser tolerante, “não com os que erram pouco, mas com os que erram muito e irremediavelmente”. E o que menos quero é perder esse companheirismo. Não apenas por ser acolhedor, mas por partir de alguém que quanto mais conheço, mais admiro, e mais tenho carinho.

Se a vida me trouxe até aqui deve haver algum propósito. Com certeza, há uma razão de ser. Também não vou pensar que a culpa é única e exclusivamente minha. Não é. Eu sei que não é, qualquer um com um pouco de empatia sabe disso. Mas agora é por minha conta e risco. Há bagunça no meu quarto (que ainda não sinto como meu) e de vez em quando há bagunça no meu coração. Essa minha mente sempre me pregando peças, querendo me jogar no chão. But, I say no, no, no!

Vou seguindo assim, aprendendo a respirar e respeitar. Guardando as lágrimas para uns poucos momentos. Acreditando que vai dar certo e que nada vai se perder pelo caminho.

Na certeza de que encontrei a pessoa que me ama de verdade...

Os sinais de Aslam



Creio que todos nós sabemos qual foi a missão de Jill (livro: A Cadeira de Prata), e também o seu desfecho. Mas vamos analisar um pouco sua missão comparando-a com fatos que ocorrem no nosso cotidiano.


Quando Aslam contou os sinais, ele deu um “mapa” nas mãos de Jill.


“Estes são os sinais pelos quais hei de guiá-la na sua busca. Primeiro: logo que Eustáquio colocar os pés em Nárnia, encontrará um velho e grande amigo.

Deve cumprimentar logo esse amigo; se o fizer, vocês dois terão uma grande ajuda.

Segundo: vocês devem viajar para longe de Nárnia, para o Norte, até encontrarem a cidade em ruínas dos gigantes.

Terceiro: encontrarão uma inscrição numa pedra da cidade em ruínas, devendo proceder como ordena a inscrição.

Quarto: reconhecerão o príncipe perdido (caso o encontrem), pois será a primeira pessoa em toda a viagem a pedir alguma coisa em meu nome, em nome de Aslam.”

(A Cadeira de Prata, pág. 529, 530)



E ainda deixou-lhe uma recomendação muito importante:

 “(…) lembre-se dos sinais! Repita-os ao amanhecer, antes de dormir e, caso acordar, durante a noite. Por mais estranhos que sejam os acontecimentos, de maneira alguma deixe de obedecer aos sinais. Em segundo lugar, aviso-a de que falei, aqui na montanha, com a maior clareza: não o farei sempre em Nárnia.” (pág. 530)

Aslam ordena que a garota repita sempre os sinais, antes de dormir e caso acorde durante a noite, recomenda que ela nunca deixe de obedecer os sinais.

Nós seres humanos temos uma dificuldade enorme em obedecer.

Por mais que você diga que tem facilidade de obedecer, que não é curioso, uma vez ou outra sua curiosidade o vence e você acaba desobedecendo.

Porque desde o início o mal instiga uma certa curiosidade em nós; sempre aparece de uma forma atraente.

Quando a Dama do Vestido Verde os aconselha a seguir em direção à casa de Harfang, ela apresenta uma bela saída aos olhos das crianças, afinal quem não iria gostar de uma boa comida e um belo banho quente sabendo que o inverno estava se aproximando.

Mas o que aos seus olhos parecia o bem, era na verdade, mais uma vez o mal disfarçado querendo apenas uma brechinha para causar um estrago imensurável.

Por isso a importância de lembrarmos os sinais que Ele nos dá.

Às vezes vemos claramente seus sinais, mas não é sempre assim.

Às vezes seus sinais estão presentes nos pequenos detalhes. Devemos nos lembrar de cada detalhe de uma forma especial assim não correremos risco de esquecê-los, nem de desistir diante da tentação do mal.

Autor: Carlos Matheus de Mello

Por Nárnia e por Aslam!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Receberemos tudo o que pedirmos?

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Obrigada Pai por todas as oportunidades maravilhosas que estás colocando diante de mim. Oportunidades de escolha para o projeto que já tens preparado para mim. Eu te louvo Senhor, porque sem Ti, eu não teria chegado aonde cheguei. Obrigada por que o Senhor me livrou de algo que eu nem imaginava. Obrigada pelas pessoas que hoje sei porque elas surgiram de uma simples amizade para evoluir para algo muito maior do que eu esperava. Obrigada porque hoje eu sei que TENHO AMIGOS DE VERDADE. Obrigada pela "poda" que o Senhor realizou em minha vida. Obrigada pelo consolo e paz nos tempos difíceis. Obrigada por todo o amor que deste ao meu coração. Tua presença me aquieta a alma e me faz descansar como um bebê que não precisa se preocupar. Minha vida escondida em Tuas mãos está. Obrigada porque o Senhor está comigo e não me deixa nunca. Posso confiar no Senhor e que sempre respondes TODAS as minhas orações. Em nome de Jesus, amém!
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Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que tudo quanto pedirdes ao Pai, ele vo-lo concederá em meu nome” (João 16.23). Alguns anos depois, Paulo pediu, por três vezes, que Deus retirasse seu espinho da carne, mas isto não lhe foi concedido (2Co 12.7-9).

Será que estamos diante de uma evidente contradição bíblica? Quando pensamos assim, estamos, de fato, diante da nossa ignorância apenas.

A quem foram dirigidas as palavras registradas em João 16.23? A onze dos discípulos de Cristo (pois Judas Iscariotes havia se retirado). Mas vejamos o que o Senhor disse a respeito de Paulo em Atos 9.16: “Pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa padecer pelo meu nome”.

É verdade que os discípulos também sofreram pelo evangelho, mas Jesus não disse a Paulo que tudo o que ele pedisse seria concedido.

Tomamos o primeiro texto para nós, mas nunca o segundo. Tomar posse de qualquer promessa bíblica pela fé nem sempre é um procedimento seguro. Nem todas as promessas bíblicas são para mim.

Estamos tocando em questões muito difíceis, eu reconheço. Afinal, o que é para nós e o que não é? Não podemos simplesmente jogar fora a Bíblia, considerando que tudo foi escrito para outras pessoas. Também não podemos tomar tudo para nós, literalmente. Estamos num beco sem saída? Não, mas o caminho é apertado.

Por exemplo: Não podemos tomar as promessas de Deus para Israel e aplicá-las ao Brasil, como alguns líderes têm feito. Não podemos tomar posse delas individualmente. Seria usurpação. Se assim fizermos, vamos querer também um pedaço da terra prometida. Aquelas promessas do Antigo Testamento fazem parte da aliança de Deus com os judeus e não com os gentios.

Deus disse a Salomão: “Pede-me o que quiseres que te dê” (1Rs 3.5). Vamos tomar para nós esta palavra também? Não. Senão, daqui a pouco, haverá pessoas mais sábias do que aquele grande rei de Israel. Isso não acontecerá, por mais fé que tenhamos.

Jesus chamou Pedro para andar sobre as águas. Nós também vamos andar, tomando posse daquele versículo pela fé? Não. Portanto, sejamos cuidadosos com o uso das Escrituras.

Precisamos encontrar indicativos que nos permitam aplicar a promessa a nós mesmos e a outras pessoas, além daquelas às quais Jesus falava diretamente.

Por exemplo, em outro momento, Jesus disse: “Estes sinais seguirão aos que crerem...” (Mc 16). Observe que ele não disse aos discípulos: “Estes sinais VOS seguirão”. Logo, a expressão “aos que crerem” nos inclui na promessa. Aleluia!

Vejamos outros exemplos que nos incluem:

“E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim”. (João 17.20.)

“Porque a promessa (do Espírito Santo) vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar”. (At 2.39.)

Pode haver textos dirigidos especificamente aos discípulos ou a algum outro personagem bíblico que contenha uma promessa geral, mas precisamos examinar cada caso. O exame de outras passagens bíblicas que tratem do mesmo assunto poderá ser muito útil nesse tipo de esclarecimento.

A bíblia toda é a palavra de Deus para nós. Como pode ser, depois de tudo o que temos dito? Continua sendo, pois ali aprendemos princípios espirituais permanentes, que vão além do sentido literal do texto.

Em todas as promessas, mesmo que particulares, encontramos possibilidades. É possível Jesus me dar algo que eu lhe peço, assim como ele prometeu aos discípulos? Sim. Ele nos tem dado muitas coisas, mas não tudo o que pedimos, mesmo porque isto poderia ser perigoso.

É possível que eu sofra pelo evangelho, assim como Paulo? Sim.

Por outro lado, as promessas que nos alcançam diretamente nos dão certeza e não indicam apenas possibilidades.

O uso de passagens bíblicas sem qualquer critério conduz muitas pessoas à decepção com Deus. Cabe aos líderes corrigir tais distorções de entendimento, ou a falta dele.

A verdade é que precisamos descobrir o propósito de Deus para cada um de nós e não ficar escolhendo promessas bíblicas aleatórias e descontextualizadas, conforme o que mais nos agrada.

Paulo tinha um relacionamento com Jesus que não dependia de detalhes das experiências dos primeiros discípulos, mas os princípios e valores eram os mesmos.

Nós também precisamos ter vivas experiências com Jesus e saber o que ele quer de nós hoje, muito mais do que aquilo que queremos dele.

Pr. Anísio Renato de Andrade

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Primavera vem!



Muitas vezes a nossa vida se compara à de uma árvore. Assim como a árvore, nós também vivemos diferentes estações. Não há como fugir delas. O inverno talvez seja a estação mais triste. As folhas começam a murchar até caírem completamente. As flores já não existem mais; os frutos desaparecem. O que resta para quem observa a pobre árvore são os galhos retorcidos que, uma vez expostos, revelam as imperfeições antes escondidas pela beleza superficial. Mas não devemos nos enganar: aquilo que parece estar matando a árvore na verdade é essencial para sua sobrevivência. Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco, sem cor ou perfume, a árvore não está morta. A vida ainda está dentro dela. As forças, antes usadas para embelezar a árvore, agora são gastas para fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando suas raízes. Dizem ainda que em muitos lugares onde não há inverno, as árvores não produzem fruto.


E assim também acontece conosco. Muitas vezes Deus no guia até o deserto para ali os revelar o nosso próprio coração (Dt. 8:2). Toda a beleza superficial desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e limitações. Nossa justiça própria se revela como um “trapo de imundície” (Is. 64.6) e nós murchamos com as folhas de uma árvore que seca. As circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se realizar nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante ao de uma árvore no inverno, adoecendo o nosso coração (Pv. 13:12).

Muitos se perdem exatamente aí, no inverno de suas vidas. Mas, em vez disso, podemos nos render ao processo divino de fazer morrer o que é superficial e ganhar vida no interior. São mudanças de valores que fazem parte do nosso crescimento espiritual. O inverno é uma oportunidade de conhecermos a Deus intimamente. É no inverno da alma que podemos aprender a dependência total para com o Senhor e a desfrutar o descanso em sua soberana vontade. É na morte do “eu” que renascemos para uma nova vida: aquela que Deus tem para nós. É na falência de nossas próprias tentativas que passamos a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso lugar. É quando não podemos mais seguir adiante que Deus nos carrega em seu colo paterno e, então, podemos chegar onde devemos ir. É na nossa limitação que experimentamos o poder de Deus se aperfeiçoando em nossa fraqueza. É assim que trocamos os trapos da nossa justiça própria pela obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.

Durante o inverno, podemos simplesmente nos render e adorar. É verdade que às vezes nos debatemos, mas enfim nos rendemos, entramos como que em um estado de hibernação, onde “dormimos” interiormente. Nossos sonhos, projetos, as promessas de Deus para nós parecem estar em um “estado de espera”. E realmente estão. Elas não morrem. As palavras de vida, proclamadas pode Deus a nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o tempo oportuno. São promessas do Senhor para o nosso casamento, para nossos filhos, para nossos ministérios. E enquanto descansamos no Senhor, Ele trabalha para cumprir cada uma de suas palavras.

Durante o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da próxima estação. E quando primavera chegar, aquela pobre e sofrida árvore sofrerá uma maior transformação! As águas irão regá-la novamente, e ela voltará a dar flores, frutos, e suas folhas verdes serão mais bonitas do que nunca! Creia: a primavera vai chegar! E aquilo que você tanto espera deixará de ser [apenas] esperança, pois você tocará as flores, comerá os frutos e viverá o cumprimento das promessas! Assim como a noite escura passa e a alegria vem com o amanhecer, em breve a luz do Senhor vai ascender o seu coração adormecido.

No mais, deixamos com você algumas palavras do profeta Jeremias:
"Quero trazer a memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a Tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma, portanto, esperarei nEle. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio" (Lamentações 3:21-26)

Somente a Deus seja a glória.

Ana Paula Valadão Bessa (CD Esperança – Diante do Trono 7)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

VITÓRIA NA ORAÇÃO - THAÍS MONTEIRO


“Então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui.” (Isaías 58:9a)

Eu nunca vivi um tempo de tantas vitórias na oração! Seja nas necessidades “pequenas” de cada dia ou em situações em que uma solução não parece possível, eu estou vendo a minha fé ser honrada por Deus.

Um pouco de fé todo mundo tem. Mas a fé que presencia o impossível está em corações que alimentam sua esperança no dia a dia, não somente no desespero. Grandes coisas Deus pode e deseja fazer conosco! Para isso devemos aprender a colocar cada detalhe da nossa vida nas mãos de Deus, confiando sempre. Assim nosso coração será como o corpo de um atleta. O constante contato com Deus nos fortalecerá. E nos dará condicionamento espiritual e emocional para enfrentar as provações numa postura mais firme e confiante na vitória.

Orar por cada situação do dia faz grande diferença. Quando vem a tormenta pesada, há um histórico de vitória na nossa memória. As lembranças dos sonhos realizados, das promessas cumpridas, das orações já respondidas nos animam e encorajam. A gratidão pelo pão recebido ontem nos impulsiona a confiar hoje. E assim vamos em frente. Vencendo em oração e vendo a fidelidade de Deus bem de perto!

Na primeira situação que contei a resposta de Deus veio em 3 anos. Na segunda, 2 dias. Em ambas o que importa é que Deus não me desamparou. Na sua vida é igual, meu irmão. Algumas vezes vai “demorar”, outras serão como um relâmpago. Mas nunca, jamais, você será envergonhado se a sua fé e esperança forem colocadas no Senhor Jesus.

Hoje quero estimular você a investir na sua vida de oração. Dia a dia, manhã após manhã, entregue seu coração e seus passos a Deus. Ore em todo o tempo. Em todo o tempo ore. E você verá que o fruto de viver constantemente em oração é um só: VITÓRIA!

Carinhosamente em Cristo,

Thais