domingo, 8 de maio de 2011

O Badalar das nossas escolhas - Ermo do Lampião










Em “O Sobrinho do Mago”, Digory e Polly são transportados, graças a anéis mágicos criados pelo tio do menino, a um mundo paralelo, o Bosque Entre Dois Mundos, portal para outras dimensões. Nesse contexto, as crianças param em Charn, uma cidade completamente destruída e sem vida. Explorando o novo mundo, encontraram um castelo e no mesmo um enorme salão, com vários tronos, onde se sentavam pessoas gigantes. No meio do salão, Digory encontrou um sino com os dizeres anteriormente citados e caiu em um dilema. Tocar ou não tocar?


Bom, com essa situação apresentada por Lewis podemos tirar uma lição legal para o nosso dia. Diversas vezes sofremos quando ficamos diante de um dilema. Qual caminho seguir? Quem escolher? O que fazer? Como aconselhar? Perguntas assim são incógnitas para muitas pessoas, que, muitas vezes, por medo, não arriscam algo novo em suas vidas.

O medo é um sentimento inerente à existência do homem, criatura acostumada a temer aquilo que não conhece. Sair da zona do conforto algumas vezes é difícil, mas preciso e necessário. Eu, pelo menos, acredito que é bom se arriscar algumas vezes na vida, pois se não o fizermos, ‘jamais saberemos que teria acontecido’.

Todas, sem exceção de alguma, as nossas decisões influenciam nossa existencia e das pessoas ao nosso redor, num efeito dominó. Nossas escolhas podem trazer coisas boas, mas nem sempre. Vamos ao exemplo de Digory. O menino não segurou a curiosidade e tocou o sino. Consequências: Despertou Jadis, vilã cruel e sem escrúpulos, que maculou o território de Nárnia. Digory foi o responsável por todos esse ocorrido e pelo desdobrar do mesmo. No entanto, o que teria acontecido se ele não tivesse tocado o sino? Provavelmente, ele e Polly voltariam para Terra, Nárnia seria criada por Aslam, sem mal algum, mas a mesma não precisaria da ajuda dos Pevensie. Talvez, os Telmarinos invadiriam o país e quem viria em auxílio de Caspian? Quem resgataria os sete lordes banidos, se é que eles existiriam? Enfim, como eu disse, nossas escolhas são cheias de consequências.

Arrepender-se de algo fazer algo, talvez seja melhor do que se arrepender de não ter o feito. Se houver um lado ruim com sua decisão, sempre, sempre, mesmo que a longo prazo, haverá algo bom como razão da mesma. Arrisque! Dê uma chance a seu discernimento, assuma as rédeas da sua vida, conforme ela lhe proponha as tarefas com o tempo, e assim, eu acho, que você terá uma vivência melhor. Digory trouxe o mal para Nárnia, mas ao mesmo tempo uma grande quantidade de coisas boas , consequência de sua escolha: tocar o sino.

E você, tocaria o sino de Charn?

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