domingo, 21 de agosto de 2011

A Última Batalha - Marcelo Ramos


[Presença de alguns SPOILERS]
A criação de Nárnia, embalada pela canção de Aslam; a feiticeira que se vê fraca diante do sol do leão; o garoto pobre perdido, que se descobre Príncipe; o usurpador cruel do poder; viagens a terras nunca dantes navegadas e por fim, porém não menos importante, a busca pelo filho perdido do rei. Soubemos de ótimos momentos que aconteceram em Nárnia, várias situações perigosas e tensas, que no final, se resolviam de maneira satisfatória. O ápice dos conflitos maquiavélicos de Nárnia se dá em “A Última Batalha”, momento em que os bons adentram na verdadeira Nárnia de Aslam.
Lúcia e seus irmãos, Diggory, Polly, Eustáquio, Jill e os demais personagens de Lewis nunca viveram na verdadeira Nárnia até Última Batalha, em 2555 (A.N.); todos passaram momentos num mundo paralelo ao verdadeiro país de Aslam, o qual fora destruído pelo leão de maneira “violenta” e decisiva, as chamadas Terras Sombrias, já que não passavam de sombras do que seria a verdadeira Terra de Nárnia.
A descrição de Lewis é minuciosa e impactante; aos que estavam acostumados a ninfas e dríades dançando, faunos festejando, além de outras alegorias alegres, agora se deparam com muito fogo, destruição, seres malignos caminhando pelos solos de Nárnia, além de um gigante que apaga o sol, colocando aquele mundo em plena escuridão.
Confiram abaixo, alguns trechos da descrição de Lewis:
“Imediatamente o céu ficou cheio de estrelas cadentes. Uma única estrela cadente já é algo lindo de se ver. Desta vez, porém, eram dúzias delas, e depois um monte, e depois centenas, até que mais parecia uma chuva de prata.”
“Com um misto de espanto e terror, todos subitamente estremeceram ao se darem conta do que estava realmente acontecendo. A escuridão que se propagava não era nuvem coisa nenhuma: era simplesmente um vazio.”
“Lá, alguma coisa estava se movendo. Animais enormes vinham descendo em direção a Nárnia, rastejando ou deslizando vagarosamente: eram dragões imensos, lagartos gigantes, pássaros sem penas com asas de morcego. Desapareceram no meio da mata e, durante alguns minutos, só houve silêncio.”
Muitas criaturas padeceram na escuridão. Houve um momento que centenas delas correram em direção a Aslam, que se coloca a entrada da Verdadeira Nárnia, localizada em cima de uma colina, dentro de um estábulo. Ao ficarem cara a cara com o Grande Leão, alguns sentiram medo e desespero; os animais falantes perderam a fala e se tornaram selvagens, voltando a se esconder na escuridão. Outros, porém, ao olharem para Aslam, sentiam-se amados e temerosos e logo em seguida, entravam em Nárnia e se colocavam diante dos demais.
Tash, deus Calormano, que caminhou por "Nárnia" em seus últimos momentos de existência.
Vários personagens amados pelo público das crônicas passadas retornam a essa, porém numa outra “realidade”. 1555 anos se passam em Nárnia, desde que os quatro Pevensie governaram o país pela primeira vez ; Lúcia, antes com 06/07 anos aparece com 16/17. O amado Sr. Tumnus também retorna, assim como o Senhor e Senhora Castor. O encontro dentre todas essas personagens acontece por um motivo especial, o qual se resume bem na frase de William Penn – “A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos, que atravessam o mar, e permanecem vivos uns nos outros.”
O fim dessa crônica marca o iníco de novas; as criadas por cada um de nós, pela nossa imaginação. Basta acreditar que Nárnia é real.
Por Nárnia e por Aslam!

Um comentário:

  1. Seria ótimo se fizessem um filme desta crônica, não é?!Ei, visita meu blog: http://narniasecrets.blogspot.com/

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