domingo, 21 de agosto de 2011

A Lição de Bri - Bruna Amorim


Com saudades das reflexões do País de Aslam, narnianos? E como, não é? Como faz falta escrever sobre Nárnia! Mas…estudos são estudos e são eles que têm me impedido de postar mais aqui. Mas como sempre, a chama de Nárnia nunca se apaga!
Vamos ao que interessa. Neste texto, viajaremos à Idade de Ouro de Nárnia, no tempo em que Pedro era o Grande Rei. Vamos aprender algo muito importante com o lindo Bri. Seja feliz na leitura!

“Eu, que me proclamo um cavalo de guerra e me vanglorio de mais de cem batalhas, ser batido por um rapazinho humano: uma criança, um mero potrinho que jamais empunhou uma espada, e que jamais teve bons exemplos em sua vida!”
Vamos, primeiramente, situar o tempo e o espaço onde ocorre tal trecho.  No decorrer da história O Cavalo e seu Menino, nos deparamos com Shasta, Aravis e Bri. Bri era narniano e Aravis, calormana. Ambos “se achavam o máximo”, entende? Eles achavam-se superiores a Shasta. Porém, neste episódio citado, Shasta participara da Batalha de Anvar e surpreendera a todos. Neste momento, Bri se sentiu humilhado. Ele era narniano e Shasta, quem era? Na cabeça deles, Shasta não era ninguém. Porém, descobrimos que Shasta, na verdade, é Cor! Filho do rei da Arquelândia. Mas enfim, voltemos a Bri.
Vamos dizer que Bri não era o que podemos chamar de “alguém humilde”…

“Se você de fato é tão humilde como falava há um minuto, tem de saber ouvir. Você não é propriamente o grande cavalo que pensava ser, por estar vivendo entre infelizes cavalos mudos. É claro que era mais valente e mais inteligente do que os outros. Mas você não podia ser de outra forma. Isso não significa que será alguém especial em Nárnia. Mas, enquanto soub
er que não é ninguém em especial, será um cavalo muito honrado.”
Note o que deixei em negrito no trecho acima. A palavra que tenho a vocês hoje é: humildade!
Vimos no trecho anterior, que Bri “se achava o máximo” somente pelo fato de ser um cavalo narniano e inteligente vivendo no meio de cavalos mudos. Sim, obviamente ele deveria ser diferente mesmo. “Mas não poderia ser de outra forma. Isso não significa que será alguém especial em Nárnia”. O que Lewis tem a nos dizer com essas simples frases? Vou fazer uma ilustração para você entender:
Você está na sua sala de aula. Imagine que você é uma pessoa que não tem o hábito de colar nas provas. Imagine que você repudia este ato. Imagine também, que todos na sua sala de aula colem nas provas, exceto você. Você é a exceção. Por que? Porque você segue as regras, certo? Colar é errado e ponto. Você está certo em obedecer ao regulamento. Agora, reflita: qual pensamento vem à sua mente, ao lembrar que você é a única pessoa de sua classe que não cola? Você “se acharia”, não? Você imaginaria que é a pessoa mais correta e ética do mundo, por não colar, quando sua classe toda o faz. Porém, ao mesmo tempo que isso é uma virtude, não podemos esperar outra coisa de você. Você não cola, e não deveria colar mesmo. É a regra e ponto. Os outros é que estão errados, e não você que é um santo por apenas seguir o regulamento.
Voltemos a Bri. É exatamente este o sentimento que ele tinha. Ele era inteligente e falava. Não era como os outros cavalos. Mas, claro! Ele era narniano! Não podia ser de outra forma!
Porém, continuando a frase, “isso não significa que será alguém especial em Nárnia”. O que isso nos fala? Somente por “seguirmos o regulamento”, não devemos ser especiais? A resposta é: NÃO. Vou explicar o motivo.
Hoje em dia, o mundo está indo de mal a pior e quando encontramos alguém “digno” ou que aparenta o ser, sempre ficamos de boca aberta. Usei o exemplo da cola em provas pois isso ocorre comigo. Eu não tenho o hábito de colar, mas minha classe toda o faz. Por este motivo, sou vista como a “anormal”. Todavia, em minha concepção, os “anormais” são as pessoas que colam, e não eu que não colo. Eu não deveria colar mesmo! E não é por este motivo que devo ser vista como uma pessoa de virtudes. Só cumpro as normas.
Estão entendendo? Bri queria ser visto como o cavalo mais digno, mais nobre, mais inteligente e mais glorioso do mundo, somente por ser falante e inteligente. Agora, responda: que outra coisa esperaríamos de um narniano? Exatamente isso!
Vamos para a parte final do trecho: “Mas, enquanto souber que não é ninguém em especial, será um cavalo muito honrado”. O que isso significa? Apenas uma palavra: HUMILDADE.
Devemos sempre ter humildade. Lembre do que aconteceu a Aravis quando ela pensava ser a melhor pessoa do mundo; foi lanhada por Aslam. Lembre-se de Eustáquio que virou dragão… Por que falo de humildade? Porque Aslam fala disso!
Não devemos ser humildes para as outras pessoas terem dó de nós, mas devemos ser humildes porque quando o fazemos, estaremos sendo honrados! Confuso, não? Mas foi isso que o Eremita disse a Bri. Seja humilde, narniano!
Vamos para a melhor parte da história: o encontro com Aslam.
“- Bri, meu pobre, meu orgulhoso e assustado cavalo, chegue perto de mim. Mais perto, filho. Não ouse não ousar. Toque-me. Aqui estão as minhas patas, aqui está a minha cauda, aqui estão as minhas suíças. Sou um verdadeiro animal.
- Aslam – disse Bri, com a voz estremecida -, acho que sou um estúpido.
- Feliz o cavalo que sabe disso ainda na juventude. Ou o humano.”
Preste atenção ao que Aslam diz. Você não precisa ir para o espelho agora e falar para si mesmo que é um estúpido. Você precisa apenas, saber que o é. Quem somos? Não somos nada, queridos…Nada sem Ele! Pense nisso!
Seja humilde e lembre-se: você não é a última trakinas do pacote! ;)

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